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Recuperação de Transplante de Córnea

Recuperação de Transplante de Córnea

O transplante de córnea é o procedimento de transplante de órgãos e tecidos mais bem estabelecido e com as maiores taxas de sucesso na medicina. Consiste na substituição da córnea doente por uma saudável doada por meio do Sistema Nacional de Transplantes.

A córnea

A córnea é uma estrutura transparente que recobre a câmara mais anterior dos olhos e tem como funções a proteção dos olhos conta agentes mecânicos, químicos e biológicos, além de ser a primeira lente no caminho da luz até a retina.

Por ter essas duas principais funções, ela deve ser resistente e ao mesmo tempo altamente transparente. Como toda lente, sua geometria é de extrema importância para a determinação do caminho da luz, assim como sua transparência.

Alterações nessas características podem levar a prejuízos na qualidade da visão. Modificações em sua forma contribuem para o surgimento de alterações do tipo refrativas (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia), enquanto que a perda de transparência causa diminuição da quantidade de luz que a atravessa, ambas com prejuízos à qualidade de vida do paciente.

O Transplante de córnea

A partir da avaliação criteriosa de um médico oftalmologista, pode haver a indicação de um transplante de córnea para a solução do problema apresentado pelo paciente, sendo que as condições mais comuns para as quais há a recomendação do transplante são: ceratocone, cicatrizes corneais, algumas condições hereditárias, complicações associadas à cirurgia de catarata, entre outros.

Existem algumas modalidades de transplante que variam de acordo com o tipo de patologia, sua gravidade e prognóstico pós-cirúrgico, podendo ir desde o transplante somente da camada mais superficial ou a mais profunda da córnea, passando por um transplante parcial (em que somente um disco central é transplantado), até o transplante integral da córnea.

Independentemente do tipo da cirurgia, são necessários cuidados especiais para garantir o sucesso do transplante, especialmente porque a cicatrização é um processo lento, já que não há vasos sanguíneos na córnea e os nutrientes necessários para o reparo do tecido são menos disponíveis que em tecidos mais vascularizados.

Por outro lado, a ausência de vasculatura é um dos pontos que contribui para as altas taxas de sucesso deste tipo de cirurgia porque há menos chance de células do sistema de defesa do organismo reconhecerem a córnea transplantada como um corpo estranho.

Recuperação pós-cirúrgica

Apesar de ser uma cirurgia simples, realizada com sucesso em grande número já há décadas, como toda cirurgia, necessita de atenção no pós-cirúrgico e a cicatrização completa, dependendo do tipo de transplante, pode levar vários meses.

O paciente deve redobrar os cuidados especialmente nas primeiras semanas após o procedimento a fim de garantir a adequada cicatrização do tecido transplantado, assim, é necessário:

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  • O uso de curativos nas primeiras 24 horas;
  • A aplicação de medicamentos seja na forma de colírios ou na forma de comprimidos, a fim de controlar o processo inflamatório natural causado pelo trauma da cirurgia e evitar possíveis infecções;
  • É essencial que o paciente operado mantenha-se em repouso relativo e retome suas atividades rotineiras aos poucos. Usualmente recomenda-se um período de quatro semanas de recuperação;
  • Cuidados durante atividades corriqueiras como banho e o sono;
  • Evitar pressionar os olhos durante a recuperação, então durante a noite é recomendado que o paciente use um oclusor acrílico para se proteger contra o possível contato involuntário com os olhos;
  • No banho é importante evitar o contato com a água do chuveiro e, especialmente, com produtos irritantes, como sabonetes e shampoos;
  • Visitas regulares ao seu oftalmologista para o acompanhamento do processo cicatricial e avaliação de possíveis complicações.

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Tomados esses cuidados, o prognóstico é frequentemente bom com a melhora substancial na qualidade de vida do paciente, entretanto, alguém submetido a um transplante de córnea tem grandes chances de desenvolver algum tipo de disfunção refrativa como miopia ou astigmatismo, que pode ser resolvida com o uso de óculos ou lentes de contato.

Além disso, apesar de ser uma cirurgia segura quanto ao risco de rejeição da córnea recebida, esse risco não é inexistente, por isso, é fundamental que o paciente não deixe de comparecer às consultas a fim de que seja feita uma avaliação cuidadosa porque há medicamentos que podem ser utilizados para controlar uma possível reação de rejeição.

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Ainda tem dúvidas sobre o pós-operatório de uma cirurgia de transplante de córnea? Clique aqui e agende sua consulta.

 

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