Glaucoma pode causar cegueira irreversível?
Glaucoma, ou o aumento persistente da pressão intraocular, é a principal causa de cegueira adquirida no mundo, sendo responsável por cegueira bilateral em mais de cinco milhões de pessoas atualmente (Quigley HA, Broman AT. The number of people with glaucoma worldwide in 2010 and 2020. Br J Ophthalmol. 2006;90:262–267).
Apesar de os riscos de desenvolvimento de cegueira serem bem conhecidos já há várias décadas, pouco mudou no panorama geral da evolução da doença nos últimos trinta anos, não por falta de evolução tecnológica ou de conhecimento científico sobre a doença, como veremos abaixo.
Esses dados podem ser observados em dois trabalhos disponíveis na literatura médica, um de 1982 (Grant WM, Burke JF., Jr Why do some people go blind from glaucoma? Ophthalmology. 1982;89:991–998) e um de 2015 (Remo Susanna, Jr., et al., Why Do People (Still) Go Blind from Glaucoma? Transl Vis Sci Technol. 2015 Mar; 4(2): 1.). Ambos os trabalhos apontam três principais causas de evolução para cegueira em pacientes com glaucoma.
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Muitos pacientes não são diagnosticados
Mesmo em países desenvolvidos como Estados Unidos, há relatos na literatura médica de percentuais muito elevados de casos não diagnosticados de glaucoma, em alguns casos chegando a 50%. Se considerarmos países subdesenvolvidos, estes números podem atingir assustadores 87%.
Entre os fatores que contribuem para essa falha diagnóstica os estudos apontam principalmente para a dificuldade de acesso da população por questões econômicas, falta de conhecimento dos riscos associados ao glaucoma e despreparo de alguns profissionais de saúde no diagnóstico preciso com o uso de técnicas e procedimento modernos e mais acurados.
Além destes números preocupantes, podemos apontar outro fator importante que é o diagnóstico tardio. Não é incomum que o paciente busque um oftalmologista quando já há perda de visão em parte do campo visual e somente neste momento o diagnóstico é realizado. Dai a importância de exames de rotina especialmente em indivíduos acima dos 40 anos e/ou com histórico familiar de glaucoma.
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O tratamento não é adequado
A escolha do profissional para o diagnóstico e tratamento do glaucoma e suas possíveis consequências é apontado como um sério problema no prognóstico do paciente.
Cada vez mais tem sido sugerido que sejam utilizados critérios bastante estringentes para o acompanhamento do glaucoma com a utilização de recursos mais modernos e precisos para que sejam evitadas perdas visuais em decorrência de alterações anatômicas que podem estar presentes, mas que sejam negligenciadas por falta de conhecimento ou recursos do profissional.
O tratamento adequado só pode ser prescrito com o acompanhamento pormenorizado do quadro de glaucoma e isso inclui o uso de índices globais de acuidade visual, utilização de procedimentos de medidas automatizadas de pressão e percepção visual, além dos aspectos clínicos da evolução da doença.
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Existem muitas falhas na aderência ao tratamento
O paciente, junto com o médico de sua confiança, é responsável pelo sucesso do tratamento no controle da progressão da doença.
Por se tratar de um quadro que não apresenta consequências imediatas e sua progressão é gradual, é comum que os pacientes sintam-se confiantes de que nada de mais grave irá acontecer e não seguem de maneira rigorosa o tratamento proposto pelo médico.
Dentre as principais causas de baixa aderência ao tratamento relatadas pelos pacientes estão aquelas associadas ao esquecimento da tomada de medicamentos: o esquecimento, outras prioridades, falta de informação ou outras razões não relatadas. Entretanto, atualmente podemos contar com a tecnologia para nos auxiliar com a adesão ao esquema de tomada dos medicamentos e os riscos são reais, por isso toda estratégia que auxilie no tratamento é válida.
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